A protagonista e narradora de grande parte do livro, Violette Toussaint, é guarda de um cemitério. Pela sua observação, passam vivos e mortos, sendo o romance pautado pelos nomes e datas de nascimento e morte de muita gente. Violette cultiva um jardim-pomar, paredes meias com o campo santo, e tem uma história carregada de amarguras. Conheceu Sasha, seu antecessor no cargo, que é uma espécie de xamã, que lhe ensinou a arte da cura das dores alheias e a restituiu à vida depois de um fundo desgosto. Pelo cemitério passam muitas vidas, e é sobre a vida e as suas teias de que fala. A brutal evidência da morte parece suave naquele claro triunfo da natureza e da resistência humana.