A Direção Regional dos Assuntos Culturais e a Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro promovem no dia 18 de abril, pelas 18h00, no auditório da Biblioteca, uma Mesa-Redonda de homenagem ao historiador Alberto Vieira, figura incontornável na História do arquipélago da Madeira, falecido a 26 de fevereiro de 2019.

Licenciado em História pela Universidade de Lisboa e Doutorado em História (na área de História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa) pela Universidade dos Açores. Alberto Viera foi consultor científico em diversas publicações periódicas especializadas, sendo investigador convidado do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CLEPUL). Foi distinguido a 9 de junho de 2004 com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique e a título póstumo, recebeu a Insígnia Autonómica de Valor. Ultimamente assumia as funções de coordenador do Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA), na Madeira.

O seu trabalho de investigação dedicado à Cultura, à Ciência e à História das ilhas Atlânticas e da Autonomia Regional, pode ser consultado através de diversas publicações e artigos de periódicos, atas de colóquios. O seu legado tem não só um enorme valor histórico para o conhecimento da História do Atlântico, como abre novas possibilidades para que outros investigadores e historiadores possam explorar novas vertentes sobre a História das ilhas e do Atlântico.

A Mesa-Redonda conta com a presença dos investigadores Avelino Meneses, Cláudia Faria, Duarte Nuno Chaves e Graça Alves.

Notas Biográficas

Avelino de Freitas de Meneses nasceu em 1958, é Doutorado em História Moderna e Contemporânea (1992), Professor Catedrático (2000) e ex-Reitor da Universidade dos Açores (2003-2011).

É autor, co-autor ou organizador de 14 livros e de uma centena de capítulos e artigos que, nas dimensões local, regional e geral, evidenciam sobretudo a contribuição dos Açores para a projeção de Portugal, desde o advento dos descobrimentos. Da História, possui um sentido utilitário, pois é eminentemente uma ciência da atualidade, embora possua por objeto a reconstituição das vivências de outrora. Na verdade, a análise do passado é um meio de entendimento do presente e um auxiliar de projeção do futuro.

De 2003 a 2011, no desempenho das funções de Reitor, definiu por lema de ação “da perceção da insularidade à cultura da universalidade”, tido por mais adequado à função universitária de agência de desenvolvimento das ilhas em conjuntura de globalização.
Em reconhecimento pela atividade de investigação científica e pelo exercício de gestão universitária, foi agraciado com a Grã Cruz da Ordem da Instrução Pública (Presidência da República – 2011) e com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento (Região Autónoma dos Açores – 2011).

Cláudia Maria Ferreira Faria, natural de Santa Luzia, Funchal, mestre em Cultura e Literatura Moderna, tendo defendido a tese intitulada Phelps: percursos de uma família britânica na Madeira de oitocentos. Esteve destacada no CEHA- Centro de Estudos de História do Atlântico entre 2010 e 2019. Assumiu a direção da Revista Islenha entre 2020 e 2023. Tem várias publicações e escreve assiduamente artigos para revistas nacionais e internacionais nas áreas da literatura de viagem, escritas do eu; diarística, histórias de vida e arquivos privados e familiares. Atualmente é coordenadora do Gabinete da Cultura no Município do Porto Santo.

Duarte Nuno da Silva Vieira Chaves, é natural da cidade do Funchal. Doutor em História da Arte pela Universidade de Évora (2016). É investigador do CHAM – Centro de Humanidades, unidade de investigação interuniversitária vinculada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e à Universidade dos Açores, desde 2010, no qual desempenhou funções de coordenador do grupo de investigação “Arte, História e Património” e de subdiretor do núcleo deste centro na Universidade dos Açores. Nesta instituição universitária tem colaborado, enquanto Professor Auxiliar Convidado, nas licenciaturas de História, Turismo e pós-graduação em Turismo Cultural. É de destacar, ainda, a orientação de dissertações de mestrado e teses de doutoramento na área do Património Cultural.

Exerceu o cargo de Diretor Regional dos Assuntos Culturais no XIII Governo Regional dos Açores, tendo representado a Região Autónoma dos Açores no Conselho Consultivo da Comissão Nacional da Unesco.

Como bolseiro do Fundo Regional de Ciência e Tecnologia do Governo Regional dos Açores, completou um projeto de pós-doutoramento intitulado “Religiosidade e memória coletiva em contexto de turismo cultural”.

Enquanto coordenador, autor e coautor, é responsável pela edição e participação em diversos livros, artigos e capítulos, editados em Portugal, Espanha, Polónia e Brasil, versando questões ligadas ao espaço insular da Macaronésia, particularmente sobre os domínios da História, Identidade, Religiosidade, Tradições e Gastronomia.

Em 2018, o seu livro “As Imagens de Vestir da Procissão dos Terceiros: Um legado franciscano em S. Miguel, Açores, séculos XVII a XXI” tendo como base a sua tese de doutoramento, foi galardoado com o prémio “Lusitania-História de Portugal”, da Academia Portuguesa da História.

Graça Maria Nóbrega Alves nasceu no Funchal, onde reside. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa. Foi professora, desenvolveu projetos ligados à Literatura, aos Estudos insulares e às Histórias de Vida, no Centro de Estudos de História do Atlântico, entre 2010 e 2019. Foi Diretora de Serviços de Museus e Centros Culturais, da Direção Regional de cultura da Madeira até 2023. É diretora do Museu de Arte Sacra do Funchal.  Foi vencedora de alguns prémios literários e é autora de várias obras, coautora de alguns ensaios sobre literatura, memórias, estudos insulares e histórias de vida, escreveu contos para várias coletâneas, tem artigos publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras e mantém uma crónica num jornal madeirense.