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Autores Açorianos | José Martins Garcia

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro promove a quarta edição da mostra “Autores Açorianos”, dedicada ao escritor e académico picoense José Martins Garcia. Estará patente uma seleção da sua extensa obra literária, desde a poesia aos ensaios.

Visite a Sala de Leitura e Empréstimo Domiciliário de 11 a 29 de julho e descubra os autores e obras açorianas que perfazem o património literário da região.

 

Nota Biográfica- José Martins Garcia

José Martins Garcia nasceu na Criação Velha, ilha do Pico, a 17 de fevereiro de 1941. Iniciou o ensino secundário na cidade da Horta, completando-o em Lisboa, no Liceu Pedro Nunes. Esta experiência na capital revelou-se especialmente enriquecedora para a sua obra literária, pelos aspetos da vida cosmopolita. Em 1969, licencia-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, tendo sido aluno de Vitorino Nemésio (uma influência substancial na sua vida pessoal e literária), Lindley Cintra ou David Mourão-Ferreira (de quem se tornou amigo de longa data).

Entre 1966 e 1968, cumpre o serviço militar na Guiné, que inspirou “Lugar de Massacre” (1975), um dos primeiros romances portugueses escritos sobre a Guerra Colonial, assim como a sua restante obra. Foi leitor de Português na Universidade Católica de Paris entre 1969 e 1971, lecionou na Faculdade de Letras de Lisboa de 1971 a 1979, tornando-se posteriormente professor-visitante na Universidade de Brown, nos Estados Unidos da América. Regressa à região natal, concluindo em 1985 o doutoramento na Universidade dos Açores com a tese “Fernando Pessoa: coração despedaçado”, escrita durante a sua estadia nos EUA. Na mesma universidade, leciona primeiro Linguística e depois Literatura, terminando a sua carreira académica como Professor Catedrático.

Vitorino Nemésio continuou a inspirar Martins Garcia nos seus estudos e obras, das quais se destaca “Vitorino Nemésio- à luz do verbo” (1988). Colaborador Assíduo nas Edições Afrodite, é lá que publica “Alecrim, alecrim aos molhos” (1974), “A Fome” (1977) e “Revolucionários e Querubins (1977). Como poeta, destacam-se “Feldegato Cantabile” (1973), “Invocação a um Poeta e outros Poemas” (1984) e “Temporal” (1986). Colabora com o suplemento Letras e Artes do jornal República entre 1972 e 1974, reunindo as críticas e ensaios publicados em “Linguagem e Criação” (1973). Colaborou nos jornais A Capital e Diário de Notícias, tornando-se diretor-adjunto do Jornal Novo em 1976.

Faleceu em Ponta Delgada a 3 de novembro de 2002.

Detalhes

Início:
11 Julho, 2022
Fim:
29 Julho, 2022
Categoria de Evento:

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